quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Americana transforma autógrafo de Paul McCartney em tatuagem
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Beautiful Night - Show de Paul McCartney em Montreal na visão de um fã brasileiro
Texto de Márcio Mesquita, publicado originalmente na lista de discussões Beatles Brasil.
Caros colegas,
Não sou de escrever muito aqui, mas preciso compartilhar isso com vocês. Já passa de 1h da madruga numa das noites mais felizes da minha vida e não consigo dormir porque a adrenalina ainda não se dissipou totalmente. Acabei de ter o indescritível prazer de ver o show do Paul em Montreal!
Como era de esperar, o set list foi bem parecido com o do show do México. A banda estava excelente, com destaque para o monstro Abe Laboriel na batera, backing vocals e dancinhas pra animar a platéia. Esse cara agita muito e é um show à parte. É muito bom ver ele surrar aquela bateria com vontade e ainda ser peça fundamental nas harmonizações vocais. E falando em cantar, o Sir estava em ótima forma vocal, alcançando todas as notas com timbre claro e limpo, muito melhor do que nas gravações que vi do show do México e daquele concerto beneficente que foi transmitido ao vivo pela internet. Aqui a apresentação foi no Bell Centre, um estádio de hockey onde parece ser meio difícil equilibrar o som. Já fui a shows lá onde o som era bem embolado, sem clareza, mas dessa vez acertaram na mosca. Som excelente, mesmo bem longe do palco.
A produção de palco do show eh muito boa, com direito a efeitos pirotécnicos em Live and Let Die e um telão gigantesco no fundo com vídeos especiais pra cada música. O Macca conversou bastante com a plateia, arriscando de vez em quando um francês meio enrolado. Em um dado momento ele comentou sobre as placas que o público levanta pra ele durante o show. Brincou dizendo que é muito difícil trabalhar assim, que ele tem que se concentrar pra cantar afinado, tocar um instrumento, lembrar das letras... mas as inúmeras placas no seu campo de visão roubam a atenção. Deu o exemplo de uma que dizia algo como "Paul, assine no meu braço! Tenho uma visita marcada com um tatuador. Por favor!".
As histórias contadas e as homenagens ao George e ao John foram muito emocionantes. A primeira parte do show teve 2h ininterruptas, seguidas de dois bis, totalizando 3h de felicidade! É surpreendente ver um senhor de quase setenta anos fazendo um show longo desses, tocando com tanta garra, cantando maravilhosamente bem e se divertindo, bem à vontade. Como ele disse numa entrevista por aqui, eles sobem no palco com a intenção de fazer daquela noite a melhor noite das vidas de quem está na plateia. Creio que eles consigam sempre.
No segundo bis ele chamou a garota da placa pro palco e autografou seu braco.